RESENHA DO LIVRO O MONGE E EXECUTIVO - Por Paulo Araujo

14/02/2013 11:58

 O MONGE E O EXECUTIVO – Uma história sobre a essência da liderança.                

 

            O livro retrata a vida como ela é mesmo no mundo dos negócios, onde as pessoas dão valor ao financeiro, deixando para trás os valores humanos, é a realidade do ser onde torna-se robotizado pelo mercado capital. Mas este livro também nos dá uma lição de vida, onde podemos apreender relatos e experiências que nos enriquecerão em nossa jornada de gestores, administradores, diretores...

            Quantos executivos, gestores, diretores, estão passando pelo que o livro nos relata? Quantas pessoas estão precisando de um mosteiro para resgatar seus valores moral e humano? É a incógnita luta da vida! O livro nos remete a pensar, repensar, reformular valores à vida do próximo, um líder pode sim, ser educado, sutil, não é com ignorância que se domina um grupo e sim com inteligência, compromisso, transparência e companheirismo, é o dar valor ao próximo.  

 

 

PALAVRAS CHAVES: Liderança, Moral e Ética.

 

 

Desenvolvimento:

 

Um líder deve ser flexível, e deve refletir antes de agir com firmeza usando a sua autoridade.

 

“Há ocasiões que precisamos de poder,  quando precisamos exercer o poder, o líder deve refletir sobre as razões que o obrigaram a recorrer a ele”. 

 

O comportamento é escolha, você vale o quanto te pagam, o quanto você se dá por questões de interesses.

“O desafio para o líder é escolher os traços de caráter que precisam ser trabalhados e aplicados”

 

O autor propõe que sejamos lideres, mas nunca podemos perder o nosso lado humano e nosso objetivo, e saibamos liderar mas com humildade, igualdade, é saber relacionar-se com o seu próximo. A tarefa segue junto com o relacionar-se com seu próximo.

“Liderar é conseguir que as coisas sejam feitas através das pessoas” p.21

 

Se não houver comportamento do executor com o executante, o grupo se dispersas, então a engrenagem falha. Quando isso acontece é trocado todo o grupo do setor, quando alguns se rebelam, quando a qualidade do trabalho não alcança mais aquele patamar.

Hoje não basta sermos apenas executores de tarefas, temos que trabalhar junto ao sentimento humanitário. Não é mais o resultado de tarefas que temos que almejar, o reconhecimento do profissional o faz satisfeito, com isso o seu desenvolvimento nas tarefas são muito mais bem alcançados.

Relacionamento X tarefa caminham juntos, assim o líder terá o seu trabalho exaltado pelos demais, se as coisas não estão fluindo bem algo está errado referente ao relacionamento de todo o pessoal do grupo.

“Relacionamentos saudáveis com os clientes, empregados, donos e fornecedores asseguram um negócio saudável” p.23

Não se pode colocar o dinheiro acima de tudo, o relacionamento tem que vir primeiro, pois,  sem um bom relacionamento entre postos não há desenvolvimento das tarefas com êxito.

A confiança é o prato principal para um bom relacionamento, sem essa confiança não existe um relacionamento de qualidade, como se relacionar com pessoas que não são confiáveis?

Até então posso perceber que para se ter uma gestão, uma liderança de sucesso é primordial que sejamos e vejamos nossos subalternos não como tal, mas como pessoa, que necessita de uma injeção de ânimo, que se sinta útil e valorizado no ambiente em que trabalha, também, temos que saber ser bons ouvintes também, pois, não somos os donos da verdade e nem da visão exata do problema ou da solução.

 “se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu” (antigo provérbio chinês).

“Como líder temos que saber ouvir, pois, interromper alguém é mostrar-se despercebido a fala do outro, ou não valorizar o que o outro tem a dizer”.p.26

 

“A mudança nos desinstala, nos tira da nossa zona de confronto e nos força a fazer as coisas de modo diferente, o que é difícil”. P.29

 

 Não podemos ter em nossa bagagem velhos paradigmas, para não esbarramos em processos inadequados ao mundo que vivemos, o mundo hoje é uma constante evolução e temos que acompanhá-lo. Não podemos viver no estilo piramidal, a não ser que esta seja com o vértice para baixo.

Os líderes deveriam identificar e satisfazer as necessidades de seus empregados e servi-los, atendê-los. Não ser escravos delas, os servidores fazem o que os outros precisam, os escravos fazem o que os outros querem.p.34

 

 

O ser humano gosta de ser valorizado, esse tipo de incentivo faz com que o grupo dê tudo de si para que tarefas sejam perfeitamente executadas e que tenham eficácia e eficiência em sua plenitude. 

Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo, que consiste em ficar em silêncio em quanto outra fala.

 

Às vezes estamos ouvindo, dando toda a atenção a quem fala, mas nossa mente está longe, o corpo, os olhos, estão ali, mas o raciocínio não. Como diz o texto, não existe sacrifício, doação de nós mesmos para bloquearmos os pensamentos internos. Ouvir é provavelmente nossa grande oportunidade de dar atenção aos outros diariamente, dizendo-lhe o quanto os valorizamos. p.58.

 

Para que o ser humano produza, sinta-se bem, temos que ouvi-lo, temos que valorizá-lo. Todos nós temos a necessidade de nos sentirmos humanizados, úteis, importantes em nossas tarefas, somos carentes de atenção legítima.

“Honestidade: ser livre de enganos”.p.64

 

O verdadeiro compromisso envolve o crescimento do indivíduo e do grupo juntamente com o aperfeiçoamento constante. O líder comprometido dedica-se ao crescimento e aperfeiçoamento de seus liderados. p.65

    

            Quando há comprometimento do líder junto a sua equipe toda, o grupo ganha experiência acrescido de aperfeiçoamento, quando não poderia ser diferente o resultado se não o crescimento de todos os seus liderados.

A metáfora do jardim, é um grande exemplo de uma gestão de sucesso, um grupo precisa ser adubado com considerações, reconhecimentos e elogios, mas também podado se preciso for, tem-se que exterminar as pragas.

            Este livro me retrocede a sala de aula, onde neste período a professora Mª Lícia nos mostrou exatamente isso, o valor humano, nós futuros gestores não podemos esquecer que estaremos convivendo com pessoas, um grupo, onde a voz tem que ser de todos, a democracia tem que existir, junto com a ética é claro. Este livro é um grande instrumento para nós acadêmicos em Pedagogia. Tenho certeza que não só eu, mas todos os alunos (as) que tem o perfil de gestor (a), nunca iremos nos esquecer deste dia em que tivemos como exemplo de liderança perfeita a professora Mª Lícia e que sua experiência e sapiência nos levou a ler e refletir nas páginas deste livro “O Monge e o Executivo”

momentos que nos remetem a refletir.

Por: Paulo Araujo (Faculdades Integradas Campograndenses - FIC)

 

Referência.

HUNTER, James C. O MONGE E O EXECUTIVO, Uma história sobre a essência da Liderança. Rio de Janeiro, Sextante, 2004.