EDUCAÇÃO COM TECNOLOGIA

05/09/2011 20:13

 EDUCAÇÃO COM TECNOLOGIA

PESQUISADORAS: CRISTIANE SANTOS, GABRIELA FARIA E RAFAELA VERÍSSIMO

 

No dia 26 de agosto de 2011, realizamos uma visita no Educandário Monteiro Lobato com o objetivo de conhecer a realidade que os professores vivenciam quando colocamos o tema indisciplina em questão. A visita foi realizada em três etapas.

A primeira etapa foi realizada com a professora Kelly  que ministra aula em uma turma do 2º ano do ensino fundamental. A professora Kelly apresentou se desmotivada em relação a questão apresentada na entrevista. A mesma nos relatou que a questão da indisciplina vem contribuindo para que muitas crianças apresentem dificuldades  no relacionamento com o outro gerando conflitos diários e desnecessários. Esses conflitos acabam por interferir na aprendizagem dos mesmos, prejudicando assim o processo de ensino aprendizagem da instituição. A professora ainda nos relatou alguns episódios frequentes que resultaram até em suspensão dos alunos envolvidos nos conflitos.

A segunda etapa foi realizada com a orientadora da escola, Dayane, que trabalha na escola tentando resolver os conflitos que surgem tanto na questão da indisciplina quanto na questão da aprendizagem. Os casos são variados e por muitas vezes, ela precisa chamar os responsáveis pelos alunos para notificar das ocorrências e pedir as medidas cabíveis para que tais alunos consigam amadurecer para enfrentar as questões do cotidiano. Acontece que nem sempre os pais estão disponíveis para tal acordo com a escola, e quando se coloca a necessidade de pedir ajuda ao profissional da área, ainda apresentam uma certa resistência.

A terceira etapa foi realizada com a supervisora da escola, Denir, que nos mostrou como é difícil lidar com a questão da indisciplina por diversos motivos. Dentre as dificuldades encontradas, podemos considerar como um grande entrave a questão da lei, que muitas vezes deixa o profissional de mãos atadas para tomar qualquer medida. Percebemos que não é fácil desligar um aluno da escola por questão indisciplinar e para que isto ocorra é preciso percorrer um longo caminho que por muitas vezes vai gerar discussões e reflexões a cerca de tal atitude. Denir ainda nos conta que por conta de tal atitude a escola já passou até por questões judiciais, fato que fez a escola até mudar o seu regimento interno para atender as demandas e cumprir a lei, estabelecendo prazos para que os pais procurem ajuda no sentido de estabelecer limites na criação de seus filhos. Tem uma frase que durante a entrevista ficou marcada, Denir nos disse que a criança indisciplinada fica na escola durante um certo tempo, mas farão parte da vida dos pais por um longo período. Por isso, é importante pensar na indisciplina e na sua prevenção não como um caráter punitivo, mas como imposição de limites, visto que está criança é o adulto de amanhã, o adulto que saberá lidar com perdas e ganhos, lidando com diversas situações de forma consciente e humana.

Saímos da entrevista consciente do nosso papel enquanto educadores e com a certeza que se tem alguém que pode mudar o rumo da nossa história, esse alguém somos nós, educadores. Não podemos fazer vista grossa diante de certas atitudes dos alunos achando que não podemos mudar o mundo, podemos sim, podemos mudar o mundo a partir do momento que começamos a mudar as nossas próprias atitudes. Ninguém dá aquilo que não tem, se queremos uma educação de qualidade, temos que dar uma educação de qualidade.